sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

SEM AÇÃO

SEM AÇÃO

Sem ação
De repente um dia eu mude
É difícil provar
De repente eu morra tentando
Sem ação
Não há nada mais verdadeiro
Repetitivo, mas verdadeiro
No meu mundo, verdadeiro
Não há nada pior
Não há nada melhor
Estou no meio de tudo
Olhamos sem enxergar
Analisando o que é passageiro
E o que não é?
Apenas o continuum não passa
Eterno como o nada
Vazio como o muito
Preenchido por histórias
Preenchido por vidas e mundos
Mundos mudos que ecoam
Provocando uma ressonância no universo
Universo de paixões
Universo de canções
Que acalmam a alma
Mas ainda estou tentando me encontrar
Me encontrar em algo sincero
Sincero e repleto de paz
Sem ação
Sem sentir, frio
Mas o frio também sente
Mas sente de forma diferente
Outra visão
Outra ação
Sem ação, mas agindo
Agindo calado
Inexplicável
Inigualável
Inseparável
Porém, dividido
No meio de tudo que foi esquecido
E vivido em vão
Mas continuo
Sem ação.

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