quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

AGRADECIMENTOS/NÃO HÀ RAZÃO/AMPLIFICANDO A VOZ.../SILÊNCIO

É hora de agradecer a todos que fortaleceram em 2009! Quero agradecer aos primos (Leonardo, Fabi, Mônica, Bianca, Alex, Aline, Jotinha [será que é mais um agregado? – rs] e Ana) pela companhia nos últimos dias, pelo churrasco, cerveja, piscina e sol. Também quero agradecer a Paula Maia (até hoje o maior exemplo de amor incondicional que já vi), aos companheiros de banda Perdidos na selva (Leo, Evelyn, Bruno, PC, Márcio e Alexandre), obrigado pelos shows (com perrengue ou com luxo, o negócio é levar arte e música adiante e para o maior número de pessoas possíveis), obrigado pela companhia, ensinamentos, trocas, pelos momentos inesquecíveis e por me entenderem quando “explodo” de vez em quando. É muita coisa contida!
Obrigado aos meus familiares mais próximos (pai, mãe, avós e irmãos), as pessoas que conheci esse ano e me fizeram viver bons momentos e aos fãs que me acompanham e me incentivam a seguir em frente! Vocês fazem toda a diferença!
Valeu Casé (o cara que procura mais músicas que eu e me mostra muitas novidades), Wagner Bittencourt (esse ano nos vimos pouco, mas a gente se encontra em breve) e Breno Regueira (vê se pára de namorar e arruma tempo pros amigos - rsrs)!
Agradeço ao produtor do meu novo cd, Fernando Magalhães (pessoa maravilhosa que tive o prazer de conhecer esse ano) e a todos os envolvidos na gravação, Roberto Lly (somou MUITO com sua experiência e gravando baixos maravilhosos), Kadu Menezes (mandou ver na bateria, sem palavras), Bruno Dortas (mandou ver com ótimas linhas de baixo – valeu primo), Sérgio Galvão (o sax ficou lindo e enriqueceu muito as músicas), Wagner Ricciardi (participação mais que especial – o solo ficou ótimo), Evelyn Castro (participação mais que especial - sua voz é poderosa), DJ Roque (o rap ficou bom demais – you got the beat) e ao mestre Marcelo Sussekind (a mixagem ficou excelente – é uma honra ter o seu toque em meu trabalho)! Vocês não imaginam o quanto esse cd é importante para mim! Obrigado, mais uma vez, Fernando Magalhães! O novo cd está maravilhoso! Aguardem! :)
Quero agradecer, especialmente, a alguns poucos (alguns foram citados acima) que convivem comigo e aturam a minha inquietude, o meu gênio, o meu mau humor, a minha agressividade verbal, a minha insônia, a minha sinceridade que às vezes é cortante, a minha impaciência, a minha rebeldia, os meu momentos de tristeza etc. Eu devo ter algo de bom para vocês continuarem a conviver comigo – rsrsrs. Vocês são importantíssimos! AMO VOCÊS! MUITO OBRIGADO!
Desejo a todos um ano de 2010 cheio de saúde, paz e amor! E que possamos ser mais verdadeiros uns com os outros, mesmo que isso nos machuque algumas vezes. Para vivermos a verdade precisamos de maturidade, mas é assim que caminhamos para a evolução. Verdade, o mundo precisa de VERDADE! Sei que é difícil, mas se não caminharmos nessa direção estaremos cada vez mais longe de um mundo melhor e mais justo. A verdade é mais uma das expressões do amor. Muito AMOR para todos nós! Muita PAZ para todos nós!
E como sempre acontece todo final de ano, os pensamentos e os sentimentos ficam mais vivos e mais fortes, então não vou postar só um texto, pois não estou cabendo em mim!
O primeiro é a letra da primeira composição que fiz sozinho e se chama “NÃO HÁ RAZÃO”. A música e letra saíram (só assim que posso dizer) de forma muito espontânea há alguns anos, em uma época muito difícil pra mim, estava muito triste. O segundo texto, “AMPLIFICANDO A VOZ EM VERSOS E RIMAS”, escrevi ao longo desse ano. E o terceiro, “SILÊNCIO”, comecei a escrever no dia 25/12 (natal) e terminei hoje. Um pouco da verdade que tenho vivido está aí. Sinto e penso coisas demais para caber nesses 3 textos. Ainda falta muito mais... e como falta!!!

NÃO HÁ RAZÃO

Não há razão para ser tão legal
Já que tudo é assim
E ninguém pode mudar

Não há razão para sonhar
Já que estamos no fim
Mas podemos voltar, é só olhar como eu

Vivemos sem razão
Matamos sem razão
Vivemos em uma prisão
Escravos da solidão

Não há razão para se amar
Pois tudo tem o seu fim
E não podemos voltar

Não há razão para ser quem eu sou
Mas vou até o fim
Esqueço o medo e levo a coragem que no peito restou

Vivemos sem razão
Matamos sem razão
Vivemos em uma prisão
Escravos da solidão

AMPLIFICANDO A VOZ EM VERSOS E RIMAS

Amplificando a voz
Crescendo nesse mundo atroz
Propagando o que não me cabe
Tentando curar o que me arde

Amor que já não é mais o mesmo
A dor que é propagada a esmo
A paz que agora é agressiva
A esperança que ficou desiludida

Cansei de fingir ser louco sendo normal
Cansei de perder de forma triunfal
Cansei de fingir ser normal sendo louco
E de querer ser muito, mesmo sendo pouco

É tortura atuar diariamente
A farsa é a verdade de quem mente
É morrer em vida não expressar o que sente
É covardia não se entregar completamente

É perder o que há de melhor na vida
O mergulho em uma alma desconhecida
Ser verdade e não hipocrisia
Ser fiel aos seus princípios, mesmo sendo heresia

Tudo o que começa termina
Até a mais profunda sina
Todo destino é vazio
E todo véu é sombrio

O que te falta em mim transborda
Nem ruína nem a mais perfeita obra
A coragem pode ser uma areia movediça
Quanto mais corajoso, mais perigoso fica

Quanto mais profundo, mais sentimento
Quanto mais me entrego, mais sofrimento
Quanto mais aprendo, mais sei que ignoro
Quanto mais eu quero, mais eu imploro

Meus defeitos são versos
Minhas virtudes são rimas
Tudo o que termina é eterno
Para aquele que ainda acredita...

SILÊNCIO

Caminho pelo vale do silêncio
Por outro caminho poderia causar um incêndio
Extintores sociais calam a chama em meu peito
Me fazendo seguir pelo caminho mais estreito

A minha voz é a escrita
E como tatuagem, é infinita
Definitivamente, não gosto desse lugar
Mas vivo como se pudesse me adaptar

E se você ama a minha imagem
Você ama apenas uma miragem
Sou mais profundo do que o que você enxerga
Sou mais complexo do que as suas regras

Quando não quero mais, é que conquisto
Mas se ainda quero é porque ainda acredito
O que é difícil pode ter o seu valor
Mas pode perder o sentido depois de tanta dor

Conquista que satisfaz o ego, mas não a alma
Uma vitória que não cicatriza o trauma
E quando a dor tira o seu apetite de viver
É preciso buscar um novo sabor que te faça renascer

Todo dia é um falso início
E tento matar o que há de errado comigo
Dentro de mim é que se faz o incêndio
Mas permaneço em um intenso silêncio.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

BRINQUEDOS

“Keep you in the dark
You know they all pretend…
What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays?
You're the pretender
What if I say that I'll never surrender?”

“Mantenha-se no escuro
Você sabe que todos eles fingem...
E se eu disser que não sou como os outros?
E se eu disser que não sou apenas mais um de seus brinquedos?
Você é o falso
E se eu disser que nunca me renderei?”

Trecho da música “The Pretender” do Foo Fighters.
Essa música é muito foda! É uma porrada, a letra é ótima e o clipe é de arrepiar! A primeira vez que vi, pirei!

Clique no link http://www.youtube.com/watch?v=U8gkcXwbHpA e veja o vídeo. Clique no link http://vagalume.uol.com.br/foo-fighters/the-pretender-traducao.html e veja a “tradução” (interpretação) da letra.

Amor no coração!
Beijos e abraços,
Christiano Dortas

BRINQUEDOS

Espero que um dia melhore
E que a minha dor evapore
Cada dia que passa, sou mais eu
E consigo enxergar o que um dia foi breu

Tempestade que é vida
Cai por todo o meu corpo
Me deixando feridas
Me fazendo ser outro

Mas se olho ao redor e vejo covardia
Sigo em frente vivendo a minha utopia
Se a morte está perto e já não sinto medo
Se escrevo é por não saber guardar segredo

Mais maduro que ontem
Mais partido que outrora
Me tornando um homem
Que luta e também chora

E no túnel do tempo
Nos tornamos brinquedos
Fabricados em alta escala
Outros mais vão nascendo

Logo cedo aprendem
Que já tem um enredo
Mas tomei o antídoto
Não sucumbi ao veneno.

Por: Christiano Dortas

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

ACASO

Pensando sobre qual texto colocar no blog, por “acaso”, me lembrei do texto ACASO. Talvez o acaso (leia-se destino) tenha me feito lembrar do texto, mas lembrei de vários outros também e fui eu, não o acaso, que decidi expô-lo aqui. O acaso ou o destino, como quiser chamá-lo, é algo complicado. Fico pensando até onde o acaso interfere em nossas vidas e até onde temos as rédeas em nossas mãos. Para não descartar completamente a hipótese de que o acaso exista, em pouquíssimos momentos fico impressionado com algumas coincidências da vida. Como, por exemplo, quando estou querendo falar ou pensando muito em determinada pessoa, que aqui vou chamar de pessoa X, e encontro com ela em algum lugar, inesperadamente. Isso realmente é uma grande coincidência. Porém, ceticamente, posso pensar que tinha motivos para estar nesse tal lugar e a pessoa X também, pois essa coincidência não acontece com todas as pessoas que penso e nem encontro com a pessoa X todas as vezes que quero falar ou que estou pensando nela.
Muitas pessoas acreditam que tudo é obra do destino. Essa crença é muito cômoda, pois assim por muitas vezes não é necessário assumir o controle da sua vida, fazendo com que a pessoa fique esperando que as coisas melhorem ou mudem sem que seja feito um esforço consciente e sem se responsabilizar por algo que der errado. Pensando dessa forma a pessoa diz, dentre tantas outras coisas: “Ah! Foi Deus que quis assim!” ou “Está tudo nas mãos do destino. O que posso fazer?”. Entretanto, é nesse ponto que reside um dos maiores problemas, principalmente por essa crença nos levar a não nos responsabilizarmos por muitas coisas que são de nossa responsabilidade e por deixarmos que as coisas “aconteçam como tem que acontecer”, deixando de interferir onde seria necessário agir para mudar. Vou dar um exemplo simples, temos a escolha de fazer um carinho ou de dar um tapa em alguém. Essa escolha não é do acaso (destino), essa escolha é nossa. Mudamos o “destino” de acordo com nossas escolhas. Sei que não é tão simples assim e que esse assunto não é esclarecido de forma simplista, mas a verdade é que temos o poder de interferir nos acontecimentos, mesmo sabendo que existem coisas fora do nosso alcance. Afinal, somos um, dentre tantos outros.
Talvez ocorram interferências sutis de algo que está além da nossa compreensão. Talvez o "acaso" seja apenas mais uma das invenções humanas, criada pelo fato de algumas coincidências serem realmente impressionantes. Talvez... e só talvez. A certeza eu deixo para os... Ah! Deixa pra lá!
No texto ACASO, que segue abaixo, falo sobre Deus, mas não vou entrar nesse assunto agora. Mais adiante escrevo sobre isso. No momento, vamos pensar sobre o ACASO.

Faça a PAZ acontecer!
Abraços e beijos!

ACASO

Vertentes correntes
Nos que querem ser decentes
Padrões morais vigentes
Fazendo lavagem nas mentes

O acaso cria um Deus
Para conforto dos seus
E Deus foi criado por acaso?
E quem criou o Diabo?

Quem criou o bem e o mal?
Quem criou o início e o final?
Quem criou a mão que mata?
Quem permitiu a morte da mão que afaga?

Sou fruto de algo complexo
Simplificando, sou fruto do sexo
Se fui gerado do que julgam pecado
Já nasci sendo julgado, errado e culpado?

O acaso pode ser Deus camuflado
Que se tornou Deus por acaso
O que dá sentido é o ser supremo
É o melhor que podemos

O acaso nos traz esperança
Feito nossa imagem e semelhança
Mas por acaso sou diferente
O avesso daquele que é crente

Foi o acaso que me fez escrever?
E a coincidência que te fez me ler?
Nós fazemos o acaso ou o acaso que nos faz?
Fazemos o destino ou o destino que nos faz?

Um Deus poderoso que permite o mal, não é mau
Mas um homem com poder que permite o mal, é mau
Deus pode ter seus motivos, mas um homem não
O Ser Superior sempre tem razão, o inferior, a punição

O que faço de bom, foi Deus
O que faço de ruim, fui eu
O que conquisto, foi com ajuda de Deus
Quando fracasso, foi apenas erro meu

Tudo parece começar por acaso
Mas quando termina é só um fim de caso
E por coincidência comecei a meditar
Fui eu que fiz o acaso me fazer expressar...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

INADEQUADO

Ao pensar em ser inadequado, me veio à cabeça o refrão daquela música do Titãs, composição do Arnaldo Antunes, que diz assim: “Eu não vou me adaptar, me adaptar. Eu não vou me adaptar, me adaptar”. Mas a verdade é que por mais que sejamos avessos a nos adaptar, sempre acabamos nos adaptando de alguma forma, seja se adaptando ao emprego, ao namoro, ao casamento, ao mercado, à moda, ao clima, às forças da natureza etc.
Falando de mim, por mais que me esforce para me adaptar, indo contra a minha natureza, me sinto inadequado. Talvez isso ocorra pelo fato de que se adaptar seja se mascarar. E se mascarar é camuflar do exterior algo que se passa no interior. Porém, só consigo me mascarar para o mundo exterior e, por ser uma pessoa introspectiva, não consigo mascarar a verdade de mim mesmo e, sendo assim, me sinto inadequado. Isso acontece quando estou naqueles dias mais extrovertidos e começo a falar muito do que penso e sinto e em seguida a pessoa com quem estou conversando me vem com esse julgamento:
“Você é LOUCO!”
Eu logo poderia dizer: “Quanta “loucura” você está escondendo, quanta coisa você está mascarando para se adaptar, para não ser inadequado!”
Esse é o momento da conversa que volto a colocar a máscara e a me adaptar.
Então vou seguir me adaptando mesmo sendo inadequado e sendo inadequado mesmo me adaptando!
Não espero ir para o céu. Sou inadequado a ele. Nem espero ir para o inferno. Sou inadequado a ele também. Nem ao menos espero permanecer aqui. Então para onde vou? Às vezes busco a resposta para essa pergunta. Às vezes não faço a mínima questão de saber. Muitas respostas me trazem mais perguntas. Mas na verdade, acho que vou me desfazer e ponto. E dá para imaginar um fim melhor que esse?

INADEQUADO

Vidas regradas por horários
Não sei onde me encaixo
Com meu jeito insólito
Avesso ao que é óbvio

Inadequado às regras
Sufocado em quimeras
Inapto à espera
E sem lugar nessa esfera

Sem hora para sorrir
Sem hora para dormir
Procurando exprimir
O que a madrugada faz sentir

Resposta que espero
Não vem, me desespero
Tempestade de angústia
Me invade com argúcia

Ela leva o que há em mim
Mesmo antes de partir
Sem ela, perco o foco
Em sentimentos me sufoco

O que sinto não cabe em um livro
Mas, às vezes, é escrevendo que me livro
Muito do que penso é considerado viagem pura
Para uns só mais uma forma de expressão da loucura

Se o que sinto não é sentido por outro ser
Se o que penso não faz sentido para você
Sou feito daquilo que me faz te compreender
Sensibilidade que me faz enlouquecer

Pareço inadequado a tudo
Quanto mais sei, mais me confundo
Qual será o meu rumo?
Qual será o meu curso?

Não tenho hora para ir nem para voltar
Onde quer que esteja não encontro o meu lugar
O que quer que faça, aqui, sou julgado
Me sinto exilado, para este mundo sou inadequado

terça-feira, 17 de novembro de 2009

É SÓ MÚSICA!

Final de semana maravilhoso e dos sonhos! Shows quinta, sexta, sábado e domingo!
Quinta no Buxixo, como sempre me sentindo em casa; Sexta, no Espaço JB (antigo Espelunca Chic - Jardim Botânico), casa cheia, gente bonita e muita animação; Sábado, festa de empresa, muito calor e muita diversão, D2 diria: até a última ponta, eu digo: até a última gota... de suor; Domingão, pra encerrar com chave de ouro, Festival de Primavera em São João da Barra, um show quente para mais de 5.000 pessoas animadas, com direito a grito de "MAIS UM", que atendemos com o maior prazer! E vamos que vamos! Perdidos na Selva... ou em qualquer lugar. É só nos chamar!
E a música sempre me fazendo companhia! MÚSICA SEMPRE... SEMPRE... SEMPRE!

É SÓ MÚSICA

É só música, mas me faz chorar
É só música, mas me faz viajar
É só música, mas me leva pra outro lugar
É só música, mas me faz pensar
É só música, mas me entorpece
É só musica, mas me enlouquece
É só música, mas me aprisiona
É só música, mas me apaixona
É só música, mas me faz existir
É só música, mas me faz sentir
É só música, mas faz parte de mim
É só música, mas me faz ser assim
É só música, mas reflete o que sou
É só música, rap ou rock’n roll
É só música, mas me livra do mal
É só música, hardcore ou metal
É só música, mas não me sinto só
É só música, funk ou forró
É só música, mas me ilumina como a luz
É só música, jazz ou blues
É só música, mas me tira da lama
É só música, reggae, roots ou samba
É só música, é só música
Eu não queria tocar música
Eu não queria ser músico
Eu queria ser a música, mas é só música.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

POR QUE SÓ?

Aprendendo a conviver com a solidão! Como nunca!
Como alguém me pediu para fazer: aprendendo a administrar os meus sentimentos!
Será que é possível?
Segue algo meu:

POR QUE SÓ?

Por que o meu caminho é só?
Por que só o meu caminho?
Por que é meu este caminho só?
Porque é só o meu caminho.


ARTE E MÚSICA SEMPRE! A música é minha companheira de todos os momentos! PAZ!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DA MORTE DE UM SENTIMENTO

Escrevi nessa madrugada! Peace!

DA MORTE DE UM SENTIMENTO

Palavras que saem e falam da morte
Da morte de um sentimento forte
Um sentimento que há muito me devora
Morre como a noite quando nasce a aurora

Cavando trincheiras psíquicas
Para me livrar de suas armadilhas
Liquefação de um sentimento
Em lágrimas se esvai o que havia aqui dentro

Há quanto tempo bate em minha porta
Enquanto suplico para ir embora
Mas chegou a hora de colocar para fora
E o rio de lágrimas já se evapora

Tencionando músculos de forma agonizante
Vai morrendo o amor e libertando o amante
Criando anticorpos para o veneno alheio
Para matar a dor cada um encontra um meio

Como um aborto do que consome a alma
Já não há mais volta, mas no fim há calma
É como despencar, em queda livre, de um precipício
O coração se abre como um pára-quedas e por fim o alívio

O que escraviza vai sendo dominado
E me torno senhor deste coração alado
Assim me sinto quando um sentimento morre
Um luto prazeroso que a minha alma sofre

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

SE EU PUDESSE ESCOLHER...

Se eu pudesse escolher
O que queria ser
Escolheria ser música
Escolheria ser simples e única

Composta pelo ser mais incompreendido
Para que soubesse que nem tudo está perdido
Verdades extraídas do maior louco do mundo
Para que enxergassem o quanto é profundo

Criada no auge da sua agonia
Mostrando que da dor ele cria alegria
E que sua aparente insanidade
É fruto da mais profunda sensibilidade

Se eu pudesse escolher o que seria
Com uma letra de esperança, assim eu viria
Embalada pela mais bela melodia
Ser letras e notas – Ah, como eu queria!

E sendo assim, mais nada iria pretender
Não iria sentir, não iria sofrer
E quando a tristeza viesse te visitar
Estaria sempre pronto para te confortar

Levaria toda dor que existe
Ecoaria bem alto para não te ver triste
Sem nada esperar, apenas soaria
Para te ver voltar a viver em harmonia

Seria o sonho deste sonhador
Que escreve externando a própria dor
Mas sou apenas humano, e não basta querer
Sei, seria melhor se eu pudesse escolher...