sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

AMOR DO CÃO / VÍDEO DE PENSANDO EM VOCÊ

Outro vídeo. Música nova: PENSANDO EM VOCÊ - http://www.youtube.com/watch?v=YAk4IWn_tQM&feature=channel

“Finja que é feliz com o que você tem... ou seja feliz com o que você finge que tem. Optei por não fingir.” (Christiano Dortas)

VAMOS FALAR DE AMOR!

Trate de levantar as suas patas dianteiras...
Quem é que nunca ficou de quatro por alguém? Quantas vezes tentou seguir a razão, mas fraquejou e não resistiu ao poder da paixão? Quantas vezes o amor foi maior que o orgulho? Isso é o que denominei AMOR DO CÃO. Aquele tipo de amor que te deixa com os quatro pneus arriados pelo ser amado. Não há nada mal quando esse sentimento é correspondido. O problema é quando você passa a ser o estepe alheio e a pessoa só te procura quando precisa e depois te deixa na solidão.
Então, qual é a solução? Pergunta difícil para uma pessoa sentimental como eu. Não tenho a resposta. E quem tem? Acho que cada um encontra a sua resposta e em seu tempo. Como não tenho a resposta, me proponho, apenas, a descrever essa situação. Cada um, a sua maneira, encontra a sua forma de se libertar das coleiras do amor e da paixão.
Muitas vezes não adianta tentar fugir e só o tempo pode te deixar preparado para não cair em tentação. Pensando nisso, me veio à cabeça o trecho da letra de uma música do Cazuza: “Eu queria ter uma bomba, um flit paralisante qualquer, para poder te negar bem no último instante.” É isso que buscamos quando estamos nessa situação, dizer não, negar o ser amado, mas sem o peso do arrependimento. Ah! E como queremos! Infelizmente, muitas vezes nos faltam forças. A verdade é que cada um tem a sua hora de levantar as patas dianteiras e seguir caminhando como bípedes que somos... ou não. O amor tem várias formas de se expressar. Esse tal de amor é mesmo um mistério...

AMOR DO CÃO

Quem já amou como um pobre cão
Que abana o rabo quando vê a dona do seu coração
Sabe que migalhas matam fome
Sabe que o amor muda de nome

Vive latindo em busca de atenção
Preso no canil de sua emoção
A saudade se torna muito mais feroz
Que o rosnar e os latidos de nossa voz

Às vezes, age como um vira-lata
E ao avistar uma cachorra, logo estende a pata
Por estar faminto, aceita o que vier
Mesmo que sua fome só deseje uma mulher

Se ela não satisfaz com aquilo que é preciso
Seria melhor ser do tipo cão vadio
Como aqueles que vivem a uivar no cio
E o sentimento parece que é vazio

Querem só umazinha para copular
Pegar uma vez, depois largar
Mas se existe amor não há outra maneira
Quando a dona quer, puxa pela coleira

E por mais que tente lhe dizer um não
O que se faz mais forte é a emoção
Seja um Pit Bull, Pastor Alemão, ou Bull Terrier
Se entrega por inteiro, pois não consegue se conter

Sei que isso é muito pouco para um cão de raça
Quem tem pedigree não deveria aceitar essa desgraça
Mas é bem verdade que cão que ladra não morde
E quando a dona chama, balança o rabo e, para ela, corre.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

RECONHECIMENTO PÓSTUMO / VÍDEO DE CADA CORPO, CADA ALMA

Vídeo, com fotos, da música nova, "Cada corpo, cada alma".
Clique no link e veja: http://www.youtube.com/watch?v=XkZpJovlSpE

“Alguns nascem póstumos.” Friedrich Nietzsche

Às vezes para ser reconhecido é preciso morrer...
Muitos artistas, filósofos, escritores e pintores tiveram reconhecimento póstumo. Alguns viveram em meio à pobreza e de forma muito humilde. Embora, muitos, tenham vivido de forma simples e não se importassem com coisas materiais e com as aparências, possuíam grande riqueza interior. Eram pessoas que amavam o que faziam, tinham necessidade de se expressar e, por isso, não pararam de produzir, deixando um legado cultural que influenciou e continuará influenciando muitas gerações, em todos os campos da área humana. Alguns eram verdadeiros gênios, mas só tiveram o devido reconhecimento e valor depois de mortos. É, a vida tem dessas coisas... A vida é “loka”!
Vou citar alguns que me vem à memória.
Fernando Pessoa, Vladimir Maiakóvski, Arthur Schopenhauer, Franz Kafka, Leonardo Da Vinci, dentre muitos outros.
Escrevi o texto “Reconhecimento póstumo” há uns dois anos. E se não me engano foi durante o Carnaval.
Bom Carnaval, para quem é de Carnaval! Bom descanso, para quem é de descanso! Que o amor e a paz reinem nos dias que estão por vir.

RECONHECIMENTO PÓSTUMO

Mentiras óbvias
Verdades póstumas
Reveladas quando não mais interessam ao criador
Nem ao poeta, pintor, filósofo ou compositor

Depois de seu fim
É que todos irão aplaudir
Quando a cortina cai é que reconhecem o seu valor
Assim como ao fim da peça aplaudem o ator

Já enxerguei diferente
Já sorri alegremente
Já procurei o sentido
Mas não encontrei nem o mais explícito

Encontrei o sentido em não ter sentido
E vi que tudo que encontro será perdido
Que muitas verdades são inventadas
E que as mentiras são verdades camufladas

Tudo ruiu, até mesmo eu
Tudo se extinguiu, até mesmo Deus
Nada é eterno ou estável
Descobri o infinito mutável

Às vezes para ser reconhecido é preciso morrer
Assim, a sua expressão ganha muito mais poder
Até mesmo Jesus teve reconhecimento póstumo
Até mesmo Deus morreu para ser o máximo

A morte dá o que não pode ter em vida
E o seu reconhecimento, nessa hora, intensamente brilha
Então, o artista passa a viver de outras formas
Ele, assim, renasce em todas as suas obras.