domingo, 28 de agosto de 2011

UMA IMENSA MULTIDÃO / LANÇAMENTO DO CLIPE "NÃO É PECADO"

"Não me peça para dar a única coisa que tenho para vender." (Cacilda Becker)

"Eu sigo em frente... e independente... independente das dificuldades." (Christiano Dortas)

Dia 16/09 é dia de comemorar! Será o show de lançamento do clipe da música "Não é Pecado" no Leviano na Lapa. Esse é o meu primeiro clipe e será transmitido pela primeira vez no evento. Essa é mais uma de minhas conquistas como artista independente e será um grande prazer comemorar mais essa realização com vocês. Cantarei várias músicas do CD Mutação, dentre elas, Pensando em você, Levando amor, Cada corpo, cada alma, Eu vou viver e muitas surpresas. O evento começará com o show da banda Strada de Terra. A abertura e o encerramento ficam por conta do DJ Mario Moptop Mamede. Estão todos convidados! Anotem na agenda!

Evento no Facebook: http://www.facebook.com/event.php?eid=136660236426126
Produção do show: Pity Portugal

Serviço:
Christiano Dortas + Partic. do Da Ghama (Cidade Negra) + Strada de Terra + DJ Mario Moptop Mamede
Leviano Bar - Av. Mem de Sá, 49 - Lapa
Data: 16/09, sexta-feira, às 23h
Entrada: R$ 20,00 na hora
Lista amiga: R$ 15,00 (contato@levianobar.com.br ou confirmando a presença aqui na página do evento)
Informações: 25075779
Não recomendado para menores de 18 anos.

Enquanto isso eu sigo criando...

UMA IMENSA MULTIDÃO

O meu país não tem fronteira
O meu país não tem bandeira
A minha raça não tem cor
A minha religião é o amor

A minha voz não canta em vão
O meu prazer é o seu tesão
Nada é meu, mesmo o que peço
Os meus versos são do universo

Em mim cabem muitas filosofias
Muitas tristezas, muitas alegrias
Minha política não tem siglas
O meu partido é feito de rimas

Sou um pouco de muito, mesmo sendo nada
Não caibo em rótulos nem em verdades enlatadas
Sou noivo da noite, mas durmo com o dia
Inadaptável a tanta falsidade e covardia

Me cabem todos os ritmos
Sou feito de muitos estilos
Do rock revolucionário e punk subversivo
Ao pop aceitável, mistura da qual sobrevivo

Sou um milhão em um
Não sou só mais um
Sou um em um milhão
Mas sou só, só uma imensa multidão.

Por: Christiano Dortas

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ERA DA IMAGEM

"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." (Friedrich Nietzsche)

"Espere até ouvir falar de mim. O artista morre. A arte fica." (Christiano Dortas)

"Cada corpo guarda a verdade da sua alma
E a minha se propaga pra manter a minha calma
A minha aparência não te diz exatamente o que sou
Nem todo caminho que sigo te mostra pra onde vou..." (Christiano Dortas – Trecho da minha música Cada corpo, cada alma)

Onde está a verdade? Cadê a verdade? Alguém viu ela perdida por aí? Bem-vindos à Era da Imagem!
Eu adoro muitos defeitos e erros, são humanos. O resto que ia escrever resolvi calar... Deixo a poesia falar. Ela é mais leve.

ERA DA IMAGEM

Bem-vindos à Era da Imagem
Encarne agora o seu personagem
Uma verdade diferente é vendida em cada esquina
Templos de angústia oferecem salvação como vacina

Hipnose coletiva, programação neurolinguística
E temos mais um servo para a estatística
No metiê da vaselina elogio é propina
Tapinha nas costas não satisfaz minha auto-estima

Promessas são rascunhos de saliva do momento
Esboço de palavras, apagadas com a borracha do tempo
Líderes da idolatria seguem guiando para um abismo
Em ternos que camuflam a hipocrisia e o cinismo

Aparência que conquista sua credibilidade
E como o Photoshop pode camuflar a verdade
Um retrato, muitas vezes, esconde o sentimento do retratado
Sonhos empacotados em sorrisos de plástico

Obrigações e convenções adulterando alianças
Mais uma desilusão no altar das inconstâncias
Um casal que divide o mesmo teto
Mas já não divide o mesmo universo

Selando a união de aparências
Ensinada na Faculdade de Conveniências
Buscando a perfeição que nunca existiu
Orando em frente a imagem de alguém que já partiu

Corpos moldados e compostos por silício
Realçados pelo silicone que não preenche o vazio
Turbinando a angústia de norte a sul
Por dentro é oco, superficialidade que é lugar-comum

A regra é clara, mesmo que não seja explícita
Eles fingem que não fingem e você finge que acredita
Em Full HD para enxergar melhor em que Era você habita
Um visual diferente e já te chamam de artista

Quanto mais sei, mais por fora e burro fico
Os ignorantes conquistarão o Reino de Deus nesse mobral infinito
Analfabetos do pensamento compram a embalagem
Cercados por miragens, engolidos e moldados pela Era da Imagem.