quarta-feira, 2 de junho de 2010

ARTE E NEGÓCIO

“A vida bate e estraçalha a alma e a arte nos lembra que você tem uma.” (Stella Adler)


“A arte é um dos meios que une os homens.” (Leon Tolstói)


“A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível.” (Leonardo da Vinci)


“Nunca devemos esquecer que arte não é uma forma de propaganda, é uma forma de verdade.” (John Kennedy)


“A arte é uma revolta contra o destino.” (André Malraux)


“Você chegou só com o talento? Quanto você trouxe mais do que isso? - A arte é negócio?” (Christiano Dortas)


Arte e negócio, universos opostos e de pensamentos conflitantes, tentando convergir para um único objetivo. É assim que vivo. E nesse caso, como em tudo na vida, o equilíbrio, o caminho do meio, é sempre a melhor opção. Mas será que é possível?


Sem dúvida, a arte sempre foi o mais forte dentro de mim e ter que negociar sempre foi muito complicado e doloroso, principalmente por não ter um espírito capitalista e, de certa forma e até certo ponto, anticapitalismo. Vivi, e ainda vivo, muitos momentos de conflito interno, por ter que exercer as duas funções. Algumas vezes negociar me angustia, às vezes por achar que não fui justo, outras vezes por achar que cedi demais. E é ainda mais difícil e doloroso negociar com pessoas que gosto e tenho afinidades. Mas atualmente sei lidar melhor com isso.


O negócio sempre será a razão e arte sempre será a emoção. Pelo trecho de uma de minhas músicas novas, “SEGUIR ADIANTE” (estará no meu novo cd), dá para perceber o que me guia: “Na minha mente eu tenho a liberdade. No meu coração eu carrego a verdade. O filtro da dor é a minha razão, mas eu sou filho da minha emoção e em tudo que faço coloco o meu coração.” E respondendo a pergunta do início, se é possível chegar ao equilíbrio, não sei. Mas no meu caso, apesar de ter feito progressos internos, até hoje, não foi possível. E é isso que se confirma no texto a seguir. ARTE, SEMPRE!


ARTE E NEGÓCIO


O negócio é arte

Mas nem toda arte é negócio

O negócio faz parte

Mas não faz da arte o que eu posso


A arte é um vício

O negócio é necessário

A arte é o alívio

O negócio é o calvário


De um lado a emoção

E do outro a razão

Um é o que há de mais puro

O outro é puro ganha-pão


A arte em mim pulsa

O negócio em mim arde

A arte tudo expulsa

O negócio quase causa um enfarte


Dividido, assim vivo

Entre o céu e o precipício

Nas nuvens eu piso

Caminhando em um abismo


O negócio sutura

Essa mistura me sustenta

A arte é o que me cura

Essa química me alimenta


O negócio é o disfarce

Contra esse mundo covarde

São duas formas de combate

Mas a minha vida é a ARTE!

2 comentários:

  1. Este texto é mt especial pra uma apaixonada por arte como eu e que tem muita dificuldade em vê-la como negócio, mas teve que qprender pra sobreviver,rs...Meu grande prazer é saber que o amo intensamente, essa arte louca, linda, que salva, me transforma, que tem este poder...esta palavrinha mágica é capaz unir! Está presente em tudo, por exemplo, a arte de negociar, a arte de viver, a arte da guerra, da conquista...em tudo ela está presente, pena que a maioria não percebe e dá tão pouca importância ao que em mim, pulsa e é vivo. Sempre arte, sempre, pra sempre.

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  2. Sempre arte, sempre, pra sempre! É isso que me salva!

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